maio 12, 2007

INTERVENTION 2





Imagens da Intervention 2 feita pelo grupo Artteria nos muros da Aliança Francesa de Goiânia

maio 06, 2007

Vanessa Zago


Intervention 2

Edivaldo

ERRATA: o texto abaixo é de autoria de Edivaldo Jr.


MURO-FESTO: M(uro)seus ou Mu(seu)ro
Muro, ao meu ver, é um objeto que exemplifica, de forma típica, a habilidade, exclusivamente humana, de criar "coisas" anti-reais. Não falo de ilusão pois, a ilusão é atributo negativo da realidade. Ilusão e realidade são complementares. O Anti-real é outra coisa. Por exemplo: um muro. Como toda produção humana ele pode ser lido, pode ser percebido como resultado de processos de análise e vivência com a natureza.Um muro define com exatidão o que não somos: LIVRES. Liberdade entendo ser um atributo nato de qualquer coisa criada pela natureza.É tão preso ao muro quem o constrói quanto quem não o transpõe. Muros são como uma espécie de matéria "crato-orgânico-sócio-biológico". Ele pontua, reafirma, estabelece como lei a segregação arbitrária. É ícone de um poder sem cabeça que sabemos que existe mas, não se mostra natureza, se mostra humano, portanto falho.
Então faço de minha liberdade as premissas para resignificar as coisas que me limitam. Resignifico as relações. Resignifico a anti-realidade imposta pela "crato-orgânico-sócio-biológica" estrutura vigente. Simplesmente me aproprio do que julgo ser meu em significado. Faço deste espaço, que representaria com exactidão o "não lugar", o lugar preciso para manifestar minha "crata" indignação.
Institucionalizo, agora, neste momento, o "não lugar" localizado. Ele é aqui. Neste muro. Lugar dos "SEM MUSEU"

Edivaldo Jr. Grupo ArTTeria - Intervention 2

Diego Barreto Ivo

Do Falsário da Irreconhecível pintura - Diego Barreto Ivo - São Paulo/SP


Há um arbitrário implícito
nestas ruas estúpidas:
o de que devemos prosseguir;

Dissolver-me nessa vereda
é extasiar-se sem alento:
me aproximo e te repulso;

Feito união com distinção:
como um pintor que, deslizando
tinta a esmo, não cedesse a um impulso.

Há, sim, Temor, já que caminhamos.
Continuamos, como se me propusesse
expectativas, e no entanto há morte:

és iminente!; Deus, inacessível, turvo…
E há tantos sentidos cogitáveis para
o depois, inclusive apenas acaso.

Mas o hipotético amortece o pensamento,
amorfa-o contudo; vejo-te, na lacuna, rua
nua, e o desvario se misturando à pintura.

Letícia Gomes

No Desenrolar do Labirinto: Caminhos e Descaminhos da Linha. (políptico formado por quatro gravuras sobre tecido; dimensões individuais: 40X40 cm / dimensão do conjunto: 80X80cm)Imagens únicas surgem da técnica de monotipia, onde é feita a entintagem da linha-material - a matriz - com tinta tipográfica preta, impressa sobre o suporte tecido branco - através de prensagem manual, originando as gravuras que têm por finalidade materializar o desvelamento dos caminhos e descaminhos como uma metáfora da realidade humana. Interessa-me, sobretudo, fazer atentar aos sinais das sensações, das emoções que o pensar da criação, o gesto da mão e o olhar podem propiciar. No emaranhado das linhas que se conformam, são fornecidas inúmeras direções, provendo acesso a um importante ponto que ora pode ser o início ora o fim de um percurso. As imagens interagem e se inter-relacionam, subsistem mutuamente.Com o uso da linha procuro tornar visível o conteúdo; linhas aglomeradas e justapostas modelam a forma e dão ritmo pulsante ao espaço em que estão inseridas, criando uma trama que entrecruza-se em distintas direções e que provoca o olhar.

Alen Guimarães

Manoela Afonso

O cão negro - hidrocor s/ papel

Diego Barreto Ivo

A expectativa de um homem só Diego Barreto Ivo - São Paulo/SP

Escuto os passos de um soldado
saídos do contato forte e difícil
de seus coturnos sobre a calçada
como se exalasse o impasse de uma batalha
em breve, e isso o tornasse inseguro
e soturno, lá dentro, e exausto
no seu olhar rígido e altivo, exprimindo
contra o chão o luto de ter de continuar.

Ele seguia decidido em resolver a intriga
a que sempre se arranjavam motivos para
nunca aniquilar — E, num ímpeto
de coincidência, o vento frio avalia
o peso e a angústia daqueles rumos tortuosos
para mim e dão ao transeunte a liberdade
de não optar pela perfeição do Amor
que se jurou sob a égide da felicidade.
O vento, então, rasga tal sina de sobrevivência
imediata, com o adorável pretexto
de lhe impôr um ar fresco e límpido
que lhe açoita os cabelos e até propõe um riso
súbito, que se acata, apesar dos subterfúgios
cotidianos de que os tempos iniciais ainda voltarão…

"Oh, não perguntes do que se trata;
continuamos a viver, apenas isso!
Seguimos na possibilidade mesma da nostalgia
realizar-se presentemente, porém verificamos
que a vida é inócua,
embora Deus nos houvesse ofertado tudo o que pedíamos.
Mas nós já nos esquecemos das expectativas,
suspendendo-as. E, a fúria, não há como explicá-la;
deixa por favor soar o vento.”

E, num lance repentino, transubstancia-se a cena,
minha perspectiva gira e eu surjo!
infalível e majestoso. E, apesar
dos meus olhos que derrubam gigantes,
tamanha sua dinâmica implacável de tormento!,
como se olhassem Medusa e se consolidassem
estátuas pálidas a engolir seco o medo!
(não, nenhum mais há de ser o David de Miguel Ângelo),
demonstro minha compaixão! descendo a mão ágil
que estava à altura de qualquer órbita inimiga!,
e a ofereço benéfica à minha criatura! qual um deus
em minha astuta façanha de apacientar e desiludir.

Numa chuva torrencial que há de levar a arrogância
lavando o espírito ínfimo em tão grande infortúnio,
pervertendo a sorte de meus terríveis dias,
eu me reencontro comigo e prossigo fatigado,
a saber de que os passos ainda me corroerão, através
da linha reta.

Armando Coelho











Constança Lucas

Carlos Augusto Cacá

Estrela

Para mim você era tanto
Que não podia alcançar.
Era uma estrela no canto
Do céu de algum lugar.

Sendo assim inatingível ,
Eu deveria evitar
Esse amor tão impossível,
Tão distante a cintilar.

Mas, se o coração reclama,
Eu me ponho a imaginar
Que dorme em minha cama.
E fico assim a sonhar.

Acaricio a roupa
Que trouxe pra se deitar.
Não sei se é você a louca,
Se sou eu a delirar.

Só sei que te vejo ardente,
Querendo se entregar.
Ou vira estrela cadente,
Ou eu aprendo a voar.


Brasília/DF

Sédicla Mariano


Gravura feita com pirógrafo sobre acrílico - Brasília/DF


Emanuel Alegre

2401 vasos

Emanuel Alegre - Buenos Aires/Argentina

La primera vez que el vaso cayó al suelo fue por algo que en ese entonces todavía llamaba casualidad: un movimiento brusco de la mano alejándose de una hornalla y el recipiente de vidrio estallando en decenas de pedazos diminutos. Pero había algo danzando entre los intersticios dejados por los pedazos cristalinos, algo que se ocultaba mientras se dejaba observar sin tapujos. Antes de recoger los restos del vaso, saqué fotos, medidas, controlé los pedazos según formas y medidas y aproximación a tal o cual lugar, y sinnúmero de recaudos que había visto tomar en las series sobre forenses. Entonces sí los recogí. Y tiré otro vaso al suelo. Y con este nuevo vaso hice los mismo que con el segundo, y así con el tercero, y con el cuarto y con el quinto y con el sexto y con todos los que vinieron. Con los pedazos ensobrados intenté armar nuevamente cada pieza, pero es imposible, siempre falta una muy minúscula para completarlo.
Dispuse paños antideslizantes en el suelo, adherentes, difusos, para evitar la fuga de ese pieza fantasma que termina por astillar la realidad, hasta sellé la cocina y saqué todos los muebles dejándola sólo con imitaciones maquetadas de durlock para que la pieza no tuviera oportunidad de escurrirse bajo ningún objeto. Pero nada, la pieza no aparece. Hace una semana me llamaron de mi trabajo, o de lo que era mi trabajo, ya que lo perdí, intenté explicarles porqué me había ausentado pero no pudieron comprender lo que estaba buscando, lo que intentaba demostrar: que en esa pieza faltante, una pieza que nunca es la misma, que juega incitante sobre las superficies transparentes, se oculta el secreto que rige nuestras vidas, que si pudiera saber adónde va esa pieza o quién la hurta de delante de mis ojos, podría tomar, aunque no sea más que con la punta de mis dedos, alguno de eso finos hilos de araña que mueven nuestra realidad como una gran marioneta podrida. No lo entendieron. El psicólogo al que me envió la obra social tampoco lo entiende. Pero yo sé que está ahí, que el secreto está ahí, en esa pared dónde se apilan uno sobre otro 2401 vasos imperfectos, surcados de líneas y piezas faltantes.

Marly Cavalcanti - Belo Horizonte/MG


Alexandre Barbosa

A reinstitucionalização da arte: miséria do artista

Alexandre Barbosa - 05/02/07 - Goiânia/GO


A intenção aqui é simplificar, sob uma ótica baseada na teoria crítica - ou “modernista”, se preferirem; o debate sobre a arte no período atual, que chamamos de “pós-modernidade” ou “ultra-modernidade”, conforme o ponto de vista diante de uma eventual ruptura com a arte moderna.
O conceito de arte que utilizamos é aquele que Bourdieu atribui ao discurso tradicional da academia de arte, presente nas entrelinhas de textos de autores como Gombrich, entre outros. Este conceito é bem simples e funcional: Arte é um tipo de produção cultural que não é criado para atender a uma demanda pré-determinada. Assim, arte se diferencia de artesanato, pois este segundo tipo de produção atende a uma demanda pré-determinada, podendo ser considerado assim, como um “produto comercial”.
Se estes conceitos existissem em estado puro e não fossem fundidos ou mesclados, como de fato são, poderíamos facilmente separar uma obra “artística” de uma “artesanal”, ou ainda “comercial”. Por exemplo, quando vamos a uma galeria para madames perto do Flamboyant e compramos uma paisagem goiana, estamos, naturalmente, comprando uma peça de artesanato.
Ao contrário, quando vamos ao Salão Flamboyant e contemplamos um “Jardan Secret” de Juliano de Moraes, estaremos então, diante de uma verdadeira obra de arte.
Definido o conceito de arte e entendido como um tipo fluído, podemos agora ir ao ponto que interessa: qual é a característica da arte atual (quer a chamemos de “pós” ou “ultra”), que a diferencia da arte moderna?
A resposta fica muito clara a partir de uma perspectiva histórica. A arte, ao longo de sua história, quase sempre assumiu um papel de reforço à instituição cultural, política ou social vigente. A arte grega até hoje embriaga aqueles tocados pelo padrão ariano de beleza e elegante simplicidade; a arte renascentista glorifica o homem, entendido à imagem da nova aristocracia da época, ascendida através do comércio.
Mas a modernidade trouxe, no período de seu vigor produtivo, um novo paradigma para a produção artística. As ideologias associadas com o modernismo - socialismo, comunismo, anarquismo, fascismo - têm em comum na sua essência, o niilismo - desejo de destruição e reconstrução utópica do mundo - e o espírito revolucionário inerente a este tipo de pensamento. A instituição passa a ser aquilo que deve ser destruído e não mais legitimado pela arte.
Para esta nova arte, a crítica passa ter um papel determinante, afinal a arte agora tem um compromisso revolucionário e não mais institucional.
Agora, podemos compreender com maior clareza o panorama atual. As ideologias da modernidade não mais são aceitas de forma incondicional pela “vanguarda” (na verdade, o próprio conceito de vanguarda se diluiu) artístico-intelectual e assim, não há mais uma crença amplamente disseminada que justifique a necessidade de uma arte crítica, revolucionária, anti-institucional. Todas as dificuldades e sofrimentos gerados por uma atitude revolucionária (ou seja, a exclusão do circuito institucional e a condenação ao anonimato) não são mais vistos como gloriosos ou ascéticos. A arte revolucionária se enfraqueceu tanto que até mesmo a rebeldia (absorvida, domesticada e moderada a ponto de ser inofensiva à instituição) do consumismo “jovem”, é mais relevante atualmente em termos de validade em uma discussão sobre arte “alternativa”.
Mas, em termos estéticos, não temos uma nova arte, e sim uma continuação da tradição da arte modernista. O interessante é que esta tradição foi concebida a partir de uma perspectiva crítica; ou seja, modernista. É por isso que temos um grande afastamento, hoje, entre discurso e obra, entre público e obra. Uma performance, por exemplo, acontece hoje em dia com uma estética similar, mas com um propósito totalmente diferente de seu original. As primeiras performances eram intromissões, ações destinadas a perturbar a instituição, expondo-a ao ridículo. Hoje, as performances são institucionais e estão inclusive nas agendas de programação dos salões e festivais.
O mais non sense do processo é que os grupos que realizam tais performances (e outros tipos de produção, a performance é só um exemplo, é bom lembrar) insistem em manter um discurso pretensamente anti-institucional, embora obviamente falso em sua veracidade (ou melhor, na crença em sua veracidade. Ou melhor ainda, falso na crença de que é preciso ser realmente crítico para produzir uma arte pretensamente crítica).
É esta reutilização da tradição modernista de uma arte crítica e anti-institucional em uma produção acrítica e institucional que dá fundamentos àqueles que não vêem uma ruptura, mas sim uma continuidade na arte pós-moderna.
Destituído de seu élan revolucionário enquanto uma possibilidade passível de se tornar real, o artista atual herdeiro de uma tradição da qual mantém estética e discurso, mas não práxis, se encontra em uma miserável condição. Seu produto, queira ou não, não é comercial, não é artesanato. Portanto, sua arte só consegue agregar valor financeiro caso os mecanismos de legitimação (juízes de salões, críticos de arte, marchands) a consagrem. O poder desses mecanismos de consagração não tem bases sólidas, mas totalmente simbólicas, pois Duchamp demonstrou que absolutamente qualquer coisa pode ser uma obra de arte. Ou seja, não há mais o domínio de uma técnica, como havia antes da modernidade. A técnica hoje é domínio do artesanato, não da arte.
Assim, um objeto qualquer só pode ser considerado arte pela instituição se seus mecanismos de consagração, cuja única base é um discurso desprovido de qualquer razão lógica, o legitimarem enquanto obra de arte premiada e renomada no circuito dos salões e galerias.Um artesão vive de sua produção, mas um artista só pode viver da sua caso a instituição a aprove. Não há mais grupos inteiros dedicados a uma arte anti-institucional e crítica, como no passado. O artista atual, caso queira ser reconhecido como tal, só pode produzir projetos burocráticos destinados aos salões e torcer para que os juízes tenham simpatia por sua produção. A possibilidade deste tipo de produção institucional ter um espírito crítico ou anti-institucional é igual a zero, pois a instituição, a não ser como farsa ou eufemismo, jamais iria aprovar uma arte que lhe é hostil.
Tristemente, os artistas, por ignorância ou imoralidade (ou um pouco das duas coisas, como geralmente acontece), insistem em manter, em seus discursos, a tradição embalsamada do discurso radical modernista. São assim, verdadeiros pós-modernos, como os políticos que sempre estão ao lado de seus eleitores, os empresários que, antes de tudo, se preocupam com o bem estar de seus “colaboradores” ou mesmo os professores, que mentem para si mesmos ao afirmarem que estão comprometidos com a educação de seus alunos, quando na verdade não passam de miseráveis peões da ideologia dominante.

Alen Guimarães

Felicidades...
Leve meus anseios para o fundo do mar...
Nas trilhas das cachoeiras!
renascendo o amar...
abrindo caminho festeiro...
limpando o corpo e a alma
vá buscar teus desejos...
Leve meus anseios para o fundo do mar
nas trilhas das cachoeiras!
nos cabelos de Iemanja...
leve-me... lave-me...
renasça confiante...
nesta vida!?!
somos pequenos em corpo...
em alma gigantes...

Alen Guimarães - Poeta dos Ventos - Brasília/DF

Eduardo Garofalo

Eduardo Garofalo - esferográfica sobre sulfite - Guarulhos/SP

Le Mur 3


imagem: intervenção de Bruno Melo


Viva a peste do velho oeste do setor oeste, onde o sol se põe e tem quem conteste!
O muro separa, divide e delimita. Já disse isso antes, acho.
Já o muro pós-moderno é subversivo, ele se apresenta menos um muro e mais uma passarela de ligação. Esta passarela é a panela de pressão da pós-modernidade, é o tubo de ensaio das diferenças culturais e ideológicas, é o “caviar com banana”, famoso restaurante francês comandado por chief brasileiro localizado no bairro chinês de Nova Iorque. Que maravilha heim! A pós-modernidade é o encontro das culturas e cultos ideológicos. É a democratização do conhecimento. É a antropofagia correta e necessária do outro em sua total diferença. Que ótimo seria se fosse possível. Que ótimo seria se o “Rei Nu” não fosse somente um “déjà vu”. Que grande ilusão!
Que ótimo seria se todos fossem livres e realmente pudessem analisar fatos desprendidos de valores culturais enraizados e fundamentalmente preconceituosos. Para que existe a especialização se não for exatamente para você poder driblar os equívocos da interpretação superficial. Para que existe o especialista se não for para contribuir para uma natural seleção do que se pode perder tempo ou não.
Por favor amigos pós-modernos me fartem de brioches mas me poupem da pasta regurgitada dessa salada sem critério.
Viva aos franceses! Os donos da patente revolucionária burguesa. Viva a burguesia como estado de espírito da massa esclarecida e especializada.
Que o Muro se faça valer como debate cultural caloroso. Onde todos possam apresentar suas versões específicas de suas próprias dúvidas. Se o sentido da vida é o outro, primeiro precisamos nos preocupar com o indivíduo. Por que dissolvendo o indivíduo também estaremos dissolvendo o outro.
Viva o Le Mur que está chegando a seu terceiro número utilizando como suporte o vilão proposto pela ultra-modernidade. O divisor, o separatista, o elitista e careta muro. Viva aos jovens artistas que apresentam suas verdades sem cair no discurso hipócrita do politicamente correto. Viva a dúvida perante a dúvida. E viva a estrutura e o conhecimento ocidental que desde Sócrates e Platão até Le Corbusier e Einsten vêm nos deixando um legado o qual não fez o homem somente questionar sua própria existência mas despertar a dúvida para questionar a alteridade deste próprio legado.

Armando Coelho