fevereiro 25, 2007

Rafael Roncato

Estava eu a cá a pensar com os meus botões portugueses. Sim, porque agora todo e qualquer referencial, volto a olhar para o meio do mundo vasto e descomplicado. O meio-mundo Europeu. Eis então que surge um fato yankee-globalizado: Morre Sidney Sheldon, aos 89 anos, e como era de se esperar, pneumonia. É incrível como todos os velhos americanos morrem sempre da doença dos pneus. Vai ver que aí está a lógica capitalista.
Bom, alucinações à parte, o fato é que o criador do Casal 20 e da gênia Jeannie, morreu. E admito que fiquei até feliz. Desculpe o humor negro, se me permite, mas eu acho que o tal do Mr. Sheldon really died happy. Eu queria ter a vida que ele teve. Viver de escrever seriados, enlatados, vender milhares de exemplares aos excluídos pré-adolescentes (sim, admito que já li um livro seu no alto da minha puberdade). E assim, como quem não quer nada, numa bela de uma quarta-feira, ali, parado, bater a caçoleta. No auge dos meus oitentinhas. Na minha mansão de vinte banheiros. Ai, ai.
Como eu estou ainda na casa dos 20 e não tenho a ambição de ser da elite americana, escritor de livros de suspense, que vendem mais de 300 milhões de cópias... Bom, do que eu tava falando mesmo???