fevereiro 14, 2007

Entre dobras que lembram cavalos, rostos, aves, às vezes tenho a sensação de estar diante de práticas rupestres. Aliás, gravar é um ato primitivo de fato. Para o muro, eu pensei em dobras. Aliás, meus pensamentos vêm se ‘desdobrando em dobras’ já há algum tempo. Então resolvi preparar um painel composto por monotipias para a intervenção no muro. A matriz que gerou esse trabalho foi o tecido dobrado. Essa pesquisa de monotipia sobre tecido é um desdobramento de outros projetos que eu vinha realizando em gravura. Agora, ao invés do sulco feito pela goiva, eu tenho a marca deixada pela dobra do tecido. A dobra, assim como o sulco, são os elementos de controle na obtenção das estampas.
“Dobrar-desdobrar já não significa simplesmente tender-distender, contrair-dilatar, mas envolver-desenvolver, involuir-evoluir” (A dobra: leibniz e o barroco, Gilles Deleuze, 1991).

(Manoela Afonso)

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Adorei este blog...

fevereiro 16, 2007 10:51 PM  
Anonymous Anônimo said...

visitarei mais vezes, ta bacana...

fevereiro 19, 2007 9:17 PM  

Postar um comentário

<< Home