fevereiro 12, 2007

Um muro nas mãos e INTERVENTION na cabeça


Sexta-feira, 08/12/06: correria danada! O Le Mur#1 tinha que estar pronto antes das cinco. Não dormi nem almocei... aquele stress básico. Cheguei na Aliança umas quatro e pouco e só então consegui dar uma relaxada. Fui recebida pela Amina; a Lidiana estava terminando de montar alguns zines. A Maria providenciou um radinho pra gente colocar lá fora e o sr. Acilon finalizava a limpeza do corredor. Tudo pronto e um muro à nossa espera. Um muro não, le mur!
Fui para o corredor e comecei a tirar as coisas de dentro da mochila: cola, pincéis, jornais, fita crepe, monotipias e outras coisas - ao som de Yes, Bob Dylan, Stones, The Who. Nossa, parece que meu gosto musical parou nos anos 70... Interessante... De certa maneira, uma ocupação coletiva também remete a essa época.

Por falar em rock, a figura que chegou logo em seguida foi o Rildo. Cabelo preso e spray no gatilho, tirou a sandália e começou sua intervenção. Depois veio o Armando com um garrafão de vinho, com as idéias na cabeça e as letras de vinil aí ao lado pra gente colar no muro. Por último chega o Sam, com suas serigrafias, rolos, cola e toda a subversão- obsessão-insônia do mundo.
Um e depois dois e depois três e depois quatro e então chegam os amigos que percorrem o corredor, dividem conosco essa sensação de coletividade, da realização de algo... não dá é pra ficar parado. Enquanto houver vontade de realizar, discutir, incomodar, pensar, pirar, a arte estará perambulando por aí... nos becos, nas margens. O que subsiste no ‘centro’ está como água parada, estagnou e oferece o alto risco da acomodação. Talvez a arte não esteja mais onde dizem estar.

(Manoela Afonso)

1 Comments:

Blogger Felipe Martini said...

A vó do cu é a maionese!

fevereiro 13, 2007 3:45 PM  

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